abre as asas sobre nós
me vulgarizo com uma facilidade irremediável.
faz pouco tempo que olho pra trás
e me vejo livre
a liberdade plena e corruptora
a liberdade que permite que eu me dê pesadelos
que eu orquestre o presente com o único intuito de que ele se torne passado
que eu esqueça desse alguém
- capitão? co-piloto? computador de bordo? -
que vive por mim
esse cientista
que vive por mim
a liberdade que não me abraça para não me prender.
amarro minhas mãos
e me jogo
ao precipício