ao atravessar da fronteira
o amor existe
e não há o que me convença do contrário
mas ele não é uma pessoa, nem um potencial,
não é tópico, trópico, nem tem um pingo de sexual.
ele existe
e se revela
como uma antiepifania que
em vez de se realizar pela repentina resposta genial
se materializa do ar ao você se propor
um momento de confusão
entre
onde termina você
e
começa todo o resto
(por favor,
entre)