de 2010 para 2015
Tenho mais culhões que todos homens que conheço e sempre achei 'não' uma palavra patética. Prometi-me, porém, num passado não tão distante, que a lúxuria é uma peça removível. Segurar tantas mãos alheias deixou marcas entre meus dedos. Meus lábios já ressecaram e com eles, meu sorriso.
Não sacrificar a paz interna por prazeres momentâneos.
Onde, porém, os planos mudaram?
Quiçá, com aquele amor que já me soa tão antigo, no qual expeli naturalmente a única possibilidade que me permiti ter com a felicidade. Desejei pela primeira (e última) vez ser feliz, como todos querem. Lembro do meu choque e como tudo de repente pareceu uma idéia absurda e então simplesmente abandonei-a.
Desejo a felicidade cimentada no que sou, sob minha única influência, na forma de um sorriso egoísta.
Quais das verdades me pertence? Em que boca minha alma foi parar?