refluxo
me convido à sua vida como o soco ao estômago depois de uma noite de cachaças.
qualquer contato contigo é nauseante e doce
e me queima
do peito até a boca que
não sabe se
se cala
ou se vicia.
pela manhã, o café me acorda
e evidencia os lapsos, os vazios da noite.
meu corpo, quase em reflexo, recorda sua acidez,
sua desnecessariedade
como um trauma irracional
cada parte de mim
repassa seu toque,
enquanto a mente
disfarça.
distante,
a lua
minguante.