sopros de lar
ilhados em silêncio,
nós dois perdidos
num mar de táxis amarelos
o emprego de navegantes
abrindo novas feridas
jorrando um sangue vivo
coagulando-se só quando em paz
a fuga
o silêncio hemorrágico
em seu fim
nos cruzamentos dos olhares
os faróis da compreensão
se acendem e iluminam
a calmaria que nos permite velejar
por novas promessas
afluir por nosso mar
seguir às casas que inventarmos
para sempre curandeiras
de nossas dores e desejos